Como gerir o negativismo na organização?

Sente que o estado de espírito da organização onde desenvolve a sua atividade está negativo, onde a crítica destrutiva impera e em que se vive uma onda geral de pessimismo? Como dar a volta à situação?

@Vera Alemão de Oliveira

 

Como gerir o negativismo na organização?

O negativismo é a persistência de um padrão de pessimismo instalado e é altamente contagioso, espalha-se pela organização de forma a afetar gravemente (como uma doença) a produtividade e a moral do grupo. Há que inverter o padrão de pensamento coletivo e a energia da organização.

Uma organização é como um ser vivo: tem uma mente e uma energia muita próprias, construídas pelo padrão de pensamento persistente e em que, tal como num ser vivo, vai afetando pouco a pouco o corpo e a saúde. Cada um de nós tem um motivo, num ou noutro momento, para estar mais negativo. Se reforçarmos esses pensamentos, acaba por se tornar um hábito e torna-se muito fácil entrar nesse estado de espírito constante. Cada vez é mais difícil de abandonar essa postura e a vida fica condicionada pelo pessimismo.

Que fazer, então? Ficam algumas sugestões:

  • Identifique as principais fontes de negativismo e trabalhe individualmente esse estado mental. O objetivo não deve ser penalizador, mas construtivo, uma vez que a penalização é uma forma de negativismo que vai reforçar a estrutura de pensamento individual e do grupo. Comunique isso mesmo às pessoas, revele as consequências, sempre que possível com resultados mensuráveis e concretos, do negativismo que se vive na organização.
  • Trabalhe individualmente cada pessoa identificada, no sentido de substituir os padrões de pensamento negativo por pensamentos positivos e otimistas. Perceba o que leva cada um a adotar um estado de negativismo permanente para substitui-lo por outro mais positivo.
  • Há que ser consistente na eliminação do negativismo. Crie desde logo regras de base para “proibir” comportamentos negativos e defina objetivos, limites e meios de monitorização que lhe permitam ir controlando e partilhando os resultados. Desenvolva estratégias de compensação e reforço dos comportamentos positivos.
  • Trabalhe o grupo, a equipa, no mesmo sentido. Use os meios de comunicação internos para reforçar esse trabalho, como por exemplo, publicar piadas, histórias engraçadas ou informações positivas na intranet, ou numa newsletter. Rir em conjunto, divertir-se no tempo de trabalho também é importante, uma vez que é onde se passa mais tempo.
  • Prepare-se para a gestão da mudança e rodeie-se de pessoas positivas, otimistas e com características pessoais que lhes permitam influenciar os restantes membros da equipa. Numa mudança, vai encontrar sempre resistências. Muitas vezes, não são as pessoas individualmente consideradas que determinam o nível de resistência, mas a forma como a mudança é gerida pela organização e pelos seus líderes.

Em todo o processo, seja autêntico com as pessoas. Um líder também tem as suas vulnerabilidades, mas é seguido pela sua visão e pelos resultados que alcança. 

  • Fatima Rodrigues

    Li um dia destes que a vida é 10% o que nos acontece e 90% a atitude que temos perante esses 10%. É exatamente o que aqui se refere. Se temos uma atitude positiva e de construção e reconstrução, iremos ser mais cada vez mais otimistas (realistas!) e, consequentemente, mais felizes e claro, ao sermos otimistas felizes contagiamos os que nos rodeiam, nem que seja pelas respostas que instintivamente damos aos seus lamentos. Gostei!

    27/05/2015 12:49

Exprima a sua opinião

* campos obrigatórios (o endereço de e-mail NÃO será publicado)

Autor*

email*

url

Observações*

Código*